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#ENTREVISTA - SILL GUERREIRO

Elas comandam as pick-ups!

 

Que as mulheres já dominam boa parte do mercado de trabalho, todos nós sabemos. Mas dominar as baladas e clubs agora é o mais novo desafio.

 

O mundo mudou e prova disso é a área de atuação das mulheres no mercado de trabalho. Ser DJ tornou-se hoje uma profissão inovadora que tem atraído mulheres de todas as idades. Com o amadurecimento da cena eletrônica, a presença das mulheres na noite se tornou ainda mais frequente. Muitas danceterias e club’s deixaram o preconceito de lado e estão apoiando as “DJanes” ou “DJs” como muitas preferem ser denominadas. 

 

O sucesso é garantido quando a profissional preocupa-se em mostrar o seu conhecimento musical e não somente a beleza, explica o DJ Lê Araujo. “O preconceito existe sim, mas só depende delas para conquistarem o respeito dos profissionais. Elas precisam se preocupar mais com o talento do que com a beleza pessoal”, afirma. 

 

O Vice Presidente do Sindicato de DJs do Rio Grande do Sul, Lê Araujo, atua a 24 anos na profissão e ministra cursos para mulheres que desejam ser DJ’s. Já foi professor das duas DJs destaque 2009 e 2010, Camila Vargas e Nicole Baldwin. 

 

 

Com amplo conhecimento na área, Lê Araujo já realizou abertura de shows nacionais e internacionais como Black Eyed Peas e Rick Martin, além de atuar em casas noturnas Meat Club, Café de La Music e Wish Club. 

 

“Amor a música, uma vez que me envolvi”

 

Foi dessa forma que a DJ Silvana Guerreiro, mais conhecida como DJ Sill, descreveu a sua motivação para atuar nessa área. Ela é residente do Cine Theatro, na cidade de Porto Alegre e afirma que a profissão é sua única fonte de renda. “A profissão gera muita publicidade, participações em eventos, palestras e cursos na área”, ressalta. DJ Sill aprendeu a profissão ouvindo mixagens de DJ’s experientes, mas confessa que chegou a pensar em desistir da carreira, logo no início. 

 

A DJ afirma que é preciso ter um “algo a mais” para obter o sucesso na profissão. “Acredito no chamado feeling. Você pode aprender a usar o equipamento ou até mesmo mixar, mas ser DJ é uma arte que exige não só contato e energia com as pessoas, mas sentir á pista, tocar a música certa na hora certa, e manter uma técnica apurada”. 

 

O preconceito

 

As mulheres buscam a qualificação e o aperfeiçoamento através de cursos em agências. As novas tecnologias permitem a produção de playlists e tracks sem a necessidade de um estúdio de gravação. Mesmo com toda essa especialização, as mulheres sofrem preconceito por parte de alguns DJs. 

 

Para DJ Sill, alguns anos atrás as pessoas não se imaginavam dançando ao som de uma mulher. Ela conta que já passou por situações constrangedoras, como por exemplo, deixar um menino “tocar” em uma festa porque ele dizia que se ela conseguia tocar, ele também conseguiria. A DJ já participou de eventos como o aniversário da Rádio Cidade e Rádio Atlântida e para ela, o mais difícil da profissão é a falta de regulamentação.  “Deve se tentar regulamentar um valor mínimo a ser pago ao profissional, para evitar que alguns sejam prejudicados por uma galera que desmoraliza o DJ, tocando até de graça ou se oferecendo para tocar por um valor absurdo”.  

 

Mas para se manter nesse mercado é necessário muito empenho e dedicação. Conseguir se consolidar nessa área é preciso ter paciência, conhecimento e cultura musical. Em um mercado dominado praticamente por homens, as mulheres precisam ser inovadoras e persistentes. Além disso, é necessário ter energia e amor a pista, afirma DJ Sill. 

©2014 por Revista Boom Magazine 

Porto Alegre / Brasil

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